quarta-feira, 8 de junho de 2011

O SACRIFICIO DA SANTA MISSA É O MESMO QUE O SACRIFICIO DA CRUZ(THE SACRIFICE OF THE MASS IS THE SAME THAT THE SACRIFICE OF THE CROSS)


Mistério da Santa Missa
A Santa Missa é um sacrifício tão santo, o mais augusto e excelente de todos, e a fim de firmardes uma idéia adequada de tão grande tesouro, explicarei aqui, de maneira breve e sucinta, algumas de suas excelências divinas; pois dize-las todas não é empreendimento a que base a fraqueza de minha inteligência.
A principal excelência do santo Sacrifício da Missa consiste em que se deve considerá-lo como essencialmente o mesmo oferecido no Calvário dobre à cruz, com esta única diferença: que o sacrifício sobre a Cruz foi sangrento e só se realizou uma vez e que nessa única oblação JESUS CRISTO satisfez plenamente por todos os pecados do Mundo; enquanto que o sacrifício do altar é um sacrifício incruento, que se pode renovar uma infinidade de vezes, e que foi instituído para nos aplicar especialmente esta expiação universal que JESUS por nós cumpriu no Calvário.
Assim, O SACRIFICIO CRUENTO foi o MEIO de nossa REDENÇÃO, e o SACRIFICIO INCRUENTO nos proporciona as GRAÇAS  da nossa REDENÇÃO.
Um abre-nos os tesouros dos méritos de CRISTO Nosso Senhor, e o outro no-los dá para o utilizarmos.
Notai, portanto que na Missa não se faz apenas uma representação, uma simples memória da Paixão e Morte de nosso Salvador; mas num sentido realíssimo, o mesmo que se realizou outrora no Calvário aqui se realiza novamente: tanto que se pode dizer, a rigor, que em cada Santa Missa nosso Redentor morre por nós misticamente, sem morrer na realidade, estando ao mesmo tempo vivo e como imolado: Vidi agunum stantem tanquam occisum. ( Apoc 05, 6)
No santo dia de Natal, a Igreja nos lembra o nascimento do Salvador, mais não é na verdade que ele nasça ainda nesse dia.
Nos dias da Ascensão e Pentecostes, comemoramos a subida do Senhor JESUS ao Céu e a vinda do ESPIRITO SNTO, sem que, de modo algum nesses dias o Senhor suba ao Céu, ou o ESPIRITO SANTO desça visivelmente é Terra.
A mesma coisa, porém, não se pode dizer do mistério da Santa Missa, pois ai não é uma simples representação que se faz, mais sim, o mesmo sacrifício oferecido sobre a Cruz, com efusão de sangue, e que se renova de modo incruento: é o mesmo corpo, o mesmo sangue, o mesmo JESUS, que se imola hoje na Santa Missa. Opus trae Redempitionis exercetur, diz a Santa Igreja.

A obra de nossa Redenção aí se exerce: sim, executar, aí se exerce atualmente. Este santo sacrifício realiza, opera o que foi feito sobre a Cruz. Que obra sublime! Ora, dizei-me sinceramente se, quando ides a Igreja para assistir á SANTA Missa, pensásseis bem que ides ao Calvário assistir a morte do Redentor, que diria alguém que vos visse ao chegar numa atitude tão pouco modesta? Se Maria Madalena fosse ao Calvário e se prostasse aos pés da Cruz vestida, perfumada e ataviada como em seus tempos de desordem, quanto não seria censurada! E que se dirá de vós que ides á Santa Missa como se fôsseis a uma festa mundana?
Que aconteceria, sobretudo, se profanásseis este ato tão santo com gestos, risadas, cochichos, encontros sacrílegos?
Digo que, em qualquer tempo e lugar, a iniqüidade não tem cabimento; mas os pecados que se cometem na hora da Santa Missa e na proximidade do altar, são os pecados que atraem a maldição de DEUS: Maledictus qui facit opus Domini fraudulenter ( Jer 48,10). Meditai seriamente sobre esse assunto.

Fonte: Livro As Excelências da Santa Missa
Autor: São Leonardo de Porto Mauricio
Pág. 06 e 07

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