quinta-feira, 28 de novembro de 2013

O QUE SIGNIFICA O SINAL DA CRUZ FEITO SOBRE A TESTA, OS LÁBIOS E O CORAÇÃO?

O QUE SIGNIFICA O SINAL DA CRUZ FEITO SOBRE A TESTA, OS LÁBIOS E O CORAÇÃO?


Aprendemos este gesto desde crianças, mas realmente conhecemos seu verdadeiro significado?
Nas normas expostas no Missal Romano, quando se explica o comportamento indicado para o momento da proclamação do Evangelho, estabelece-se que o diácono ou o sacerdote que anuncia a Palavra, depois de ter feito o sinal da cruz sobre a página do Lecionário, deve fazê-lo também sobre a testa, sobre os lábios e sobre o coração.
O sinal da cruz triplo também é feito pela assembleia. E tudo isso não pode ser considerado como mero ritual, mas um forte convite que a Igreja faz, sublinhando a grande importância dada ao Evangelho.
A Palavra de Deus, que é sempre a luz que ilumina o caminho dos fiéis, precisa ser acolhida na mente, anunciada com a voz e conservada no coração. Tudo isso nos recorda que é necessário nos empenharmos em compreender a Palavra de Deus com atenção e inteligência iluminada.
Esta Palavra deve ser anunciada e proclamada por todo cristão, porque a evangelização é um dever de todos os batizados. Precisa ser amada e guardada no coração, para tornar-se depois norma de vida.
Todos nós somos convidados a examinar-nos sobre como acolhemos o Evangelho, como nos comprometemos no anúncio desta mensagem, como conformamos nossa vida segundo suas indicações.
Somos convidados a ser um "Evangelho ilustrado", o "quinto Evangelho", não escrito com tinta, mas com a nossa própria vida.
Acolhamos com a mente, anunciemos com os lábios, conservemos no coração o tesouro da Palavra de Deus e, ao longo deste caminho, confiemos nossas vidas ao Senhor, para sermos reflexo da verdadeira luz em meio às trevas do mundo de hoje.

Artigo do Pe. Antonio, monge no Mosteiro de São Bento, de Monte Subiaco, Itália
via Aleteia

quinta-feira, 21 de novembro de 2013

Dança e a Música na Liturgia


Neste vídeo você verá o Cardeal Francis Arinze respondendo a 3   perguntas,   sendo   a   primeira   sobre   a   dança   na   Santa  Missa e  a  segunda  sobre  o cantar músicas seculares na Santa Missa.
Ele utiliza uma linguagem bem simples para mostrar o verdadeiro sentido dos temas acima descritos.





Gestos / Posições do Corpo durante a Santa Missa

                                        Gestos e posições do corpo

42. Os gestos e posições do corpo tanto do sacerdote, do diácono e dos ministros, como do povo devem contribuir para que toda a celebração resplandeça pelo decoro e nobre simplicidade, se compreenda a verdadeira e plena significação de suas diversas partes e se favoreça a participação de todos. Deve-se, pois, atender às diretrizes desta Instrução geral e da prática tradicional do Rito romano e a tudo que possa contribuir para o bem comum espiritual do povo de Deus, de preferência ao próprio gosto ou arbítrio.
A posição comum do corpo, que todos os participantes devem observar é sinal da unidade dos membros da comunidade cristã, reunidos para a sagrada Liturgia, pois exprime e estimula os pensamentos e os sentimentos dos participantes.
43. Os fiéis permaneçam de pé, do início do canto da entrada, ou enquanto o sacerdote se aproxima do altar, até a oração do dia inclusive; ao canto do Aleluia antes do Evangelho; durante a proclamação do Evangelho; durante a profissão de fé e a oração universal; e do convite 'Orai, irmãos' antes da oração sobre as oferendas até o fim da Missa, exceto nas partes citadas em seguida.
Sentem-se durante as leituras antes do Evangelho e durante o salmo responsorial; durante a homilia e durante a preparação das oferendas; e, se for conveniente, enquanto se observa o silêncio sagrado após a Comunhão.
Ajoelhem-se, porém, durante da consagração, a não ser que, por motivo de saúde ou falta de espaço ou o grande número de presentes ou outras causas razoáveis não o permitam. Contudo, aqueles que não se ajoelham na consagração, façam inclinação profunda enquanto o sacerdote faz genuflexão após a consagração.
Compete, porém, à Conferência dos Bispos adaptar, segundo as normas do direito, à índole e às legitimas tradições dos povos, os gestos e posições do corpo descritos no Ordinário da Missa. Cuide-se, contudo, que correspondam ao sentido e à índole de cada parte da celebração. Onde for costume o povo permanecer de joelhos do fim da aclamação do Santo até ao final da Oração eucarística e antes da Comunhão quando o sacerdote diz Eis o Cordeiro de Deus, é louvável que ele seja mantido.
Para se obter a uniformidade nos gestos e posições do corpo numa mesma celebração, obedeçam os fiéis aos avisos dados pelo diácono, por um ministro leigo ou pelo sacerdote, de acordo com o que vem estabelecido no Missal.
44. Entre os gestos incluem-se também as ações e as procissões realizadas pelo sacerdote com o diácono e os ministros ao se aproximarem do altar; pelo diácono antes da proclamação do Evangelho ou ao levar o Livro dos evangelhos ao ambão; dos fiéis, ao levarem os dons e enquanto se aproximam da Comunhão. Convém que tais ações e procissões sejam realizadas com dignidade, enquanto se executam cantos apropriados, segundo as normas estabelecidas para cada uma.
Fonte: IGMR (Instrução Geral ao Missal Romano)

O "Glória" na Santa Missa- Uma explicação

O ‘Glória’ é um hino que remonta aos primeiros séculos da era cristã. Na Instrução Geral ao Missal Romano, lemos que o ‘Glória’ é um hino antiquíssimo e venerável, pelo qual a Igreja congregada no Espírito santo glorifica a Deus Pai e ao Cordeiro...’ (n.53).

     Esta definição nos deixa claro que o ‘Glória’ é um hino doxológico (de louvor/glorificaçào) que canta a glória do Pai e do Filho. Porém, o Filho se mantém no centro do louvor, da aclamação e da súplica. Movida pela açào do Espírito Santo, a assembleia entoa esse hino, que tem  sua origem naquele canto dos anjos que ressoou pela primeira vez nos ouvidos dos pastores de Belém, na noite do nascimento de Jesus (cf. Lc 2,14).


     Na sua origem, o ‘Glória’ era entoado durante o ofício da manhã. Só bem mais tarde – por volta do século IX – é que aparece prescrito na liturgia eucarística do Natal podendo ser entoado apenas pelo bispo. Esse costume se prolongou por muito tempo. Porém, no final do século XI já há notícias do uso do ‘Glória’ em todas as festas e domingos, exceto na Quaresma. Então os presbíteros já podiam entoá-lo.

     O ‘Glória’ pode ser dividido em três partes:

a)     O canto dos anjos na noite do nascimento de Cristo ‘Glória a Deus nas alturas e paz na terra aos homens por Ele amados’.

b)     Os louvores a Deus Pai: ‘Senhor Deus, rei dos céus, Deus pai todo-poderoso: nós vos louvamos, nós vos bendizemos, nós vos adoramos, nós vos glorificamos, nós vos damos graça por vossa imensa glória’.

c)      Os louvores seguidos de súplicas e aclamações a Cristo: ‘Senhor Jesus Cristo, Filho Unigênito, Senhor Deus, Cordeiro de Deus, Filho de Deus Pai. Vós que tirais o pecado do mundo, tende piedade de nós. Vós que tirais o pecado do mundo, acolhei a nossa súplica. Vós que estais à direita do Pai, tende piedade de nós. Só vós sois o Santo, só vós o Senhor, só vós o Altíssimo Jesus Cristo’.

     O ‘Glória’termina com um final majestoso, incluindo o Espírito santo. É importante lembrar que esta inclusão não constitui, em primeira instância, um louvor explícito à terceira pessoa da Santíssima Trindade. O Espírito Santo aparece com o Filho, pois é neste que se concentram os louvores e súplicas. Em outras palavras: o Cristo se mantém no centro de todo o hino. Ele é o Kyrios, isto é, o Senhor que desde todos os tempos habita no seio da Trindade.


Texto extraído do livro:
Cantando a Missa e o Ofício Divino - Frei Joaquim Fonseca, editora Paulus, p. 19-20