terça-feira, 12 de março de 2013

Irmão de Leonardo Boff defende Bento XVI e critica Teologia da Libertação



Clodovis Boff
Clodovis Boff
Em maio de 1986, os irmãos Clodovis e Leonardo Boff publicaram uma carta aberta ao cardeal Joseph Ratzinger. O artigo analisava a instrução “Libertatis Conscientia”, em que o futuro papa Bento 16 (sic) visava corrigir os supostos desvios da Teologia da Libertação na América Latina. Os religiosos brasileiros desaprovavam, com uma ponta de ironia e uma boa dose de audácia, a “linguagem com 30 anos de atraso” no texto.
Em 2007, o irmão mais novo de Leonardo Boff voltou à carga. Mas, dessa vez, o alvo foi a própria Teologia da Libertação – movimento do qual ele foi um dos principais teóricos e que defende a justiça social como compromisso cristão. Ele censurou a instrumentalização da fé pela política e enfureceu velhos colegas ao sugerir que teria sido melhor levar a sério a crítica de Ratzinger.
Em entrevista à Folha por telefone, frei Clodovis diz que Bento 16 defendeu o “projeto essencial” da Teologia da Libertação, mas o critica por superdimensionar a força do secularismo no mundo.
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Folha – Bento 16 foi o grande inimigo da Teologia da Libertação?
Clodovis Boff – Isso é uma caricatura. Nos dois documentos que publicou, Ratzinger defendeu o projeto essencial da Teologia da Libertação: compromisso com os pobres como consequência da fé. Ao mesmo tempo, critica a influência marxista. Aliás, é uma das coisas que eu também critico.
No documento de 1986, ele aponta a primazia da libertação espiritual, perene, sobre a libertação social, que é histórica. As correntes hegemônicas da Teologia da Libertação preferiram não entender essa distinção. Isso fez com que, muitas vezes, a teologia degenerasse em ideologia.
E os processos inquisitoriais contra alguns teólogos?
Ele exprimia a essência da igreja, que não pode entrar em negociações quando se trata do núcleo da fé. A igreja não é como a sociedade civil, onde as pessoas podem falar o que bem entendem. Nós estamos vinculados a uma fé. Se alguém professa algo diferente dessa fé, está se autoexcluindo da igreja.
Na prática, a igreja não expulsa ninguém. Só declara que alguém se excluiu do corpo dos fiéis porque começou a professar uma fé diferente.
Não há margem para a caridade cristã?
O amor é lúcido, corrige quando julga necessário. [O jesuíta espanhol] Jon Sobrino diz: “A teologia nasce do pobre”. Roma simplesmente responde: “Não, a fé nasce em Cristo e não pode nascer de outro jeito”. Assino embaixo.
Quando o sr. se tornou crítico à Teologia da Libertação?
Desde o início, sempre fui claro sobre a importância de colocar Cristo como o fundamento de toda a teologia. No discurso hegemônico da Teologia da Libertação, no entanto, eu notava que essa fé em Cristo só aparecia em segundo plano. Mas eu reagia de forma condescendente: “Com o tempo, isso vai se acertar”. Não se acertou.
“Não é a fé que confere um sentido sobrenatural ou divino à luta. É o inverso que ocorre: esse sentido objetivo e intrínseco confere à fé sua força.” Ainda acredita nisso?
Eu abjuro essa frase boba. Foi minha fase rahneriana. [O teólogo alemão] Karl Rahner estava fascinado pelos avanços e valores do mundo moderno e, ao mesmo tempo, via que a modernidade se secularizava cada vez mais.
Rahner não podia aceitar a condenação de um mundo que amava e concebeu a teoria do “cristianismo anônimo”: qualquer pessoa que lute pela justiça já é um cristão, mesmo sem acreditar explicitamente em Cristo. Os teólogos da libertação costumam cultivar a mesma admiração ingênua pela modernidade.
O “cristianismo anônimo” constituía uma ótima desculpa para, deixando de lado Cristo, a oração, os sacramentos e a missão, se dedicar à transformação das estruturas sociais. Com o tempo, vi que ele é insustentável por não ter bases suficientes no Evangelho, na grande tradição e no magistério da igreja.
Quando o sr. rompeu com o pensamento de Rahner?
Nos anos 70, o cardeal d. Eugênio Sales retirou minha licença para lecionar teologia na PUC do Rio. O teólogo que assessorava o cardeal, d. Karl Joseph Romer, veio conversar comigo: “Clodovis, acho que nisso você está equivocado. Não basta fazer o bem para ser cristão. A confissão da fé é essencial”. Ele estava certo.
Assumi postura mais crítica e vi que, com o rahnerismo, a igreja se tornava absolutamente irrelevante. E não só ela: o próprio Cristo. Deus não precisaria se revelar em Jesus se quisesse simplesmente salvar o homem pela ética e pelo compromisso social.
Bento 16 sepultou os avanços do Concílio Vaticano 2º (sic)?
Quem afirma isso acredita que o Concílio Vaticano 2º criou uma nova igreja e rompeu com 2.000 anos de cristianismo. É um equívoco. O papa João 23 (sic) foi bem claro ao afirmar que o objetivo era, preservando a substância da fé, reapresentá-la sob roupagens mais oportunas para o homem contemporâneo.
Bento 16 garantiu a fidelidade ao concílio. Ao mesmo tempo, combateu tentativas de secularizar a igreja, porque uma igreja secularizada é irrelevante para a história e para os homens. Torna-se mais um partido, uma ONG.
Mas e a reabilitação da missa em latim? E a tentativa de reabilitação dos tradicionalistas que rejeitaram o Vaticano 2º?
Não podemos esquecer que a condição imposta aos tradicionalistas era exatamente que aceitassem o Vaticano 2º. O catolicismo é, por natureza, inclusivo. Há espaço para quem gosta de latim, para quem não gosta, para todas as tendências políticas e sociais, desde que não se contraponham à fé da igreja.
Quem se opõe a essa abertura manifesta um espírito anticatólico. Vários grupos considerados progressistas caíram nesse sectarismo.
Esses grupos não foram exceção. Bento 16 sofreu dura oposição em todo o pontificado.
A maioria das críticas internas a ele partiu de setores da igreja que se deixaram colonizar pelo espírito da modernidade hegemônica e que não admitem mais a centralidade de Deus na vida. Erigem a opinião pessoal como critério último de verdade e gostariam de decidir os artigos da fé na base do plebiscito.
Tais críticas só expressam a penetração do secularismo moderno nos espaços institucionais da igreja.
Como descreveria a relação de Bento 16 com a modernidade?
É possível identificar um certo pessimismo na sua reflexão. Ele não está só. Há um rio de literatura sobre a crise da modernidade, que remete até mesmo a autores como Nietzsche e Freud. O que ele tem de diferente? Propõe uma saída: a abertura ao transcendente.
Ainda assim, há pessimismo.
Há algo que ele precisaria corrigir: Bento 16 leva a sério demais o secularismo moderno. É uma tendência dos cristãos europeus. Eles esquecem que o secularismo é uma cultura de minorias. São poderosas, hegemônicas, mas ainda assim minorias.
A religião é a opção de 85% da humanidade. Os ateus não passam de 2,5%. Com os agnósticos, não chegam a 15%. Minoria culturalmente importante, sem dúvida: domina o microfone e a caneta, a mídia e a academia. Mas está perdendo o gás. Há um reavivamento do interesse pela espiritualidade entre os jovens.
Que outras críticas o sr. faria a Bento 16?
Ele preferiria resolver problemas teológicos a se debruçar sobre questões administrativas na Cúria. E isso gerou diversos constrangimentos no seu pontificado. Ele também não tem o carisma de um João Paulo 2º. De certa forma, era o esperado em um intelectual como ele.
Não está na hora de a igreja ficar mais próxima da realidade dos fiéis?
Bento 16 não resolveu um problema que se arrasta desde o Concílio Vaticano 2º: a necessidade de se criarem canais para a cúpula escutar e dialogar com as bases.
Os padres nas paróquias muitas vezes ficam prensados entre a letra fria que vem da cúpula e o cotidiano sofrido dos fiéis, que pode envolver dramas como aborto ou divórcio. Note que não sugiro mudanças no ensinamento da igreja. Mas acho que seria mais fácil para as pessoas viverem a doutrina católica se houvesse processos que facilitassem esse diálogo.
Como vê o futuro da igreja?
A modernidade não tem mais nada a dizer ao homem pós-moderno. Quais as ideologias que movem o mundo? Marxismo? Socialismo? Liberalismo? Neoliberalismo? Todas perderam credibilidade. Quem tem algo a dizer? As religiões e, sobretudo no Ocidente, a Igreja Católica.

sexta-feira, 8 de março de 2013

Nossa Senhora Das Graças E A Maravilhosa História Da Medalha Milagrosa



| Publicado em: 18/06/2009

Eram cinco e meia da tarde do dia 27 de Novembro de 1830. Catarina Labouré, irmã de caridade da congregação de S. Vicente de Paulo foi fazer suas orações na capela do convento, situado na Rua Du Bac, 140, na cidade de Paris. Nesse momento, a Virgem Maria lhe apareceu e lhe revelou aquilo que se tornaria um fenômeno mundial de derramamento de graças, conversões e milagres: a Medalha Milagrosa de Nossa Senhora das Graças. Trata-se de uma revelação impressionante do amor que Deus tem pelos homens, manifestado através da Virgem Maria.
 Vejamos o relato da aparição nas palavras da própria Catarina Labouré: "uma Senhora de mediana estatura, de rosto muito belo e formoso... Estava de pé, com um vestido de seda, cor de branco-aurora. Cobria-lhe a cabeça um véu azul, que descia até os pés... As mãos estenderam-se para a terra, enchendo-se de anéis cobertos de pedras preciosas. A Santíssima Virgem disse-me: ‘Eis o símbolo das Graças que derramo sobre todas as pessoas que mas pedem ...' Formou-se então, em volta de Nossa Senhora, um quadro oval, em que se liam, em letras de ouro, estas palavras: ‘Ó Maria concebida sem pecado, rogai por nós, que recorremos a Vós'. Depois disso o quadro que eu via virou-se, e eu vi no seu reverso: a letra M, tendo uma cruz na parte de cima, com um traço na base. Por baixo: os Sagrados Corações de Jesus e de Maria. O de Jesus, cercado por uma coroa de espinhos e a arder em chamas, e o de Maria também em chamas e atravessado por uma espada, cercado de doze estrelas. Ao mesmo tempo, ouvi distintamente a voz da Senhora, a dizer-me: ‘Manda, manda cunhar uma medalha por este modelo. As pessoas que a trouxeram, com devoção, hão de receber muitas graças".
 Este relato pode parecer simples e curto. Porém, quando analisamos o contexto em que os fatos aconteceram, vemos que, na verdade, ele contém dados extraordinários e maravilhosos.
 O primeiro deles, claro, é a aparição de Nossa Senhora. Mas esta aparição poderia ser questionada. Será que o que Catarina Labouré viu era realmente a Virgem Maria? Ela poderia ter tido uma alucinação, poderia ter problemas mentais, etc. É um questionamento pertinente, em se tratando de assunto tão sério. E, certamente, as autoridades eclesiásticas da época fizeram essas mesmas perguntas.
 O que dá um "certificado de garantia" a essa aparição é a frase que Catarina Labouré viu na Medalha Milagrosa: ‘Ó Maria concebida sem pecado, rogai por nós, que recorremos a Vós'. Com efeito, o adjetivo "Concebida sem pecado", referindo-se a Nossa Senhora, não era usado na época em nenhuma oração ou escrito sobre Maria. O povo, na verdade, sempre acreditou, desde o início do cristianismo, que Maria era isenta do pecado original. Mas isso não era um dogma de fé. Era uma verdade que começava a fazer barulho entre os teólogos, mas não saía da esfera dos intelectuais católicos de Roma. A possibilidade de uma religiosa francesa, iniciante, como era Catarina Labouré, ter conhecimento dessa verdade, era quase nula. O fato de Catarina Labouré dizer esta frase é um certificado de garantia de sua veracidade.
 Tanto que, vinte e quatro anos depois, em 1854, o papa Pio IX proclamou o dogma da Imaculada Conceição afirmando que Maria, por uma graça especial de Deus e pelos méritos da paixão e ressurreição de Jesus, foi isenta do pecado original desde a sua concepção. E, a própria Virgem Maria confirmou essa verdade de fé quatro anos mais tarde quando apareceu a Bernadete Sobirous, em Lourdes, também na França. Na ocasião, a Virgem disse a Bernadete: "Eu sou a Imaculada Conceição". Imaculada Conceição quer dizer: concebida sem a mancha do pecado.
 Se isso não basta para dar um "certificado de garantia" a aparição de Maria a Catarina Labouré, os fatos que aconteceram depois o dão de sobra.
 Apenas alguns meses depois as aparições, a Irmã Catarina foi mandada para o Asilo de Enghien, em  Paris XII. Lá, ela cuidava de velhinhos, como é o carisma de sua congregação. Porém, uma voz interior a inquietou insistindo: "É preciso fazer cunhar a medalha!" Catarina falou sobre isso ao seu confessor, o Padre Aladel. Este, depois de muito relutar, consultou o Arcebispo de Paris, Dom Jacinto Luís de Quélen. Dom Jacinto autorizou a cunhagem das medalhas. Mas o processo foi lento.
 Medalha Milagrosa e sua origem
Em fevereiro de 1832, uma grande epidemia de cólera devastou a região, causando a morte de mais de vinte mil pessoas. Nesse tempo, o Pe. Aladel havia pedido a cunhagem das primeiras duas mil medalhas e as entregou às Filhas da Caridade, congregação de Irmã Catarina. As irmãs começam a distribuí-las em junho, em meio à epidemia. As curas começaram a acontecer e, junto com elas, grandes conversões e testemunhos da proteção celeste para quem usava a Medalha.
A devoção se alastra velozmente. O povo de Paris começa a chamar a medalha de "milagrosa".
Em 1834, havia mais de quinhentas mil Medalhas cunhadas. Em 1835, elas já eram mais de um milhão no mundo. Em 1839, já tinham sido cunhadas mais de dez milhões de Medalhas! Quando a Irmã Catarina Labouré veio a falecer, em 1876, já haviam sido cunhadas mais de um bilhão de medalhas!
 Imagine quantos milhões de fiéis rezaram a jaculatória "Ó Maria concebida sem pecado, rogai por nós, que recorremos a Vós". Esse clamor ressoou em Roma e ajudou o papa a proclamar o dogma da Imaculada Conceição, como dissemos acima.
 Mais tarde, o papa Pio XII disse a respeito da Medalha: "Esta piedosa medalha foi, desde o primeiro momento, instrumento de tão numerosos favores, tanto espirituais como temporais, de tantas curas, proteções, e sobretudo conversões, que a voz unânime do povo chamou-a, desde logo, "Medalha Milagrosa".
 Os símbolos contidos na Medalha são riquíssimos em significados. Vejamos: na parte da frente, a imagem de Maria e a jaculatória ‘Ó Maria concebida sem pecado, rogai por nós, que recorremos a Vós', afirmando o dogma da Imaculada Conceição e pedindo a intercessão de Nossa Senhora. E, no reverso, a cruz sobre a letra M, de Maria, coloca Maria no seu lugar: Jesus está acima dela. Ela é intercessora e Mãe. Os Sagrados Corações de Jesus e de Maria, ardendo em chamas, simbolizam o amor de Deus e da Mãe, por toda a humanidade e por cada ser humano em particular. Os espinhos no coração de Jesus, e a espada no coração de Maria, simbolizam o sofrimento pelo qual eles passaram: Jesus, para salvar a humanidade e Maria, como "co-redentora", sofrendo também com a paixão de seu Filho.
 É por tudo isso que a Medalha Milagrosa de Nossa Senhora das Graças é uma devoção tão abençoada. Levar a Medalha de Nossa Senhora das Graças, é professar o dogma da Imaculada Conceição; é aparar-se nos corações de Jesus e de Maria; é crer nas graças que a Mão do Céu pode dispensar aos homens; é crer na proteção de Nossa Senhora: proteção contra perigos temporais e, principalmente, espirituais.
(Artigonal SC #979944)

TEATRO PAIXÃO DE CRISTO




NARRADOR: Quando aproximava-se a Páscoa a festa dos pães ázimos, os príncipes dos sacerdotes e escribas buscavam um meio  de matar Jesus, mas temiam o povo. Entretanto, satanás entrou em Judas Iscariótes, que foi conspirar com os inimigos de Jesus. Eles ajustaram em trinta moedas de prata pela entrega de Jesus. No primeiro dia dos Ázimos ao declinar da tarde pôs se Jesus á mesa com os doze discípulos.

JESUS: Em verdade, em verdade vos digo: um de vós me há de trair.

TODOS DISCIPULOS: Sou eu Senhor?

JESUS: Aquele que pôs comigo a mão no prato, esse me trairá. O Filho do Homem vai como dele está escrito, mas ai daquele homem por quem o Filho do Homem for traído! Melhor lhe seria nunca ter nascido.

JUDAS: Mestre serei eu?

JESUS: Sim.

Narrador: Durante a refeição, Jesus tomou o partiu e deu a seus discípulos dizendo.

JESUS: Tomai e comei, isto é o meu corpo. Tomai e bebei Isto é o meu sangue, o sangue da Nova e eterna Aliança que é derramado por muitos homens em remissão dos pecados.
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NARRADOR: Assim que comungou Judas foi ter com os sacerdotes. Após a ceia Jesus segue com os seus discípulos para o monte das Oliveiras. A sua Santa Face é toda tristeza, toda ternura. As suas palavras jorram da profundidade mais íntima do seu coração, e são todas palpitação de amor.
JESUS: Vós todos vos escandalizareis, pois está escrito: Ferirei o pastor e as ovelhas se dispersarão.

PEDRO: Ainda que todos se escandalizem de ti, eu, porém, jamais me escandalizarei.

JESUS: Em verdade te digo: hoje, nesta mesma noite, antes que o galo cante, tu me negarás três vezes.

PEDRO: Ainda que  seja preciso morrer contigo, não te negarei.

­­­­­­­­­­­­­­NARRADOR: No Jardim da Oliveiras, o Mestre afasta-se dos discípulos e só leva três testemunhas da sua Agonia: Pedro, Tiago e João.Eles, que o viram transfigurado sobre o Tabor, terão força para reconhecer o Homem-Deus neste ser, esmagado pela angústia da morte? O homem saboreia o pecado e, por causa do pecado, Deus está mortalmente triste; os tormentos duma agonia cruel fazem-no suar sangue! Sangue Divino, que jorras, irresistivelmente do Coração de Jesus, corres por todos os seus poros para lavar a pobre Terra ingrata.
JESUS: A minha alma está triste até a morte, ficai aqui e vigiai comigo. Orai, para que não caiam em tentação.

NARRADOR:A sua alma está mergulhada num mar de amargura e extrema aflição. Na lividez da noite agitam-se sombras sinistras. A Lua parece injetada de sangue. O vento agita as árvores e penetra até aos ossos.Toda a natureza como que estremece de secreto pavor!.Ó noite, como nunca houve outra semelhante. Eis o lugar onde Jesus vem orar.Ele despoja a sua santa Humanidade da força à qual tem direito pela sua união com a Divina Pessoa, e mergulha-a num abismo de tristeza, de angústia, de abjeção.

SATANÁS: Eles são cheios de vícios, roubos, agressões, assassinatos, corrupção....tomas todos estes pecados sobre ti?E o estupro toma este também? E a crueldade, a inveja, a mentira, a traição, a fornicação. E o ABORTO, tomas todos estes sobre ti? Estás preparado para pagar por todos estes pecados? Vais pagar pelos crimes destes que te desprezam que te renegam? Sofrer por estes que falam que te amam mais fazem a minha vontade.

JESUS: Meu Pai se é possível afasta de mim este cálice! Todavia não se faça o que eu quero mais sim o que Tu queres.         
FOI ENTÃO TER COM SEUS DISCÍPULOS E OS ENCONTROU DORMINDO.

JESUS: Então não pudestes vigiar uma hora comigo... Vigiai e orai para que não entreis em tentação. O espírito está pronto mais a carne é fraca.      JESUS VOLTA PARA ORAR

SATANÁS: Tá vendo como eles nem se importam com você? Não tem tempo nem pra rezar.. Você não é importante pra eles..E teus pecados.....e as tuas culpas? Tu não tens málucas? E os inocentes que morreram por tua causa, pelo teu nascimento? E os sofrimentos que causaste a seus pais no Egito, as privações, fugindo como criminosos! Por que não salvaste a João Batista da morte, ele era teu amigo, não foste por ele batizado(com ironia)?  E mesmo assim deixou que o decaptassem! Acolhes ao teu lado cobradores de impostos, ladrões dos pobres! Recusaste cura aos doentes! Abandonaste tua mãe para sair falando aos homens, esta raça impura, podre de tanto pecado (cospe no chão). Olha só para esta humanidade (aponta para a platéia), contemple cada um de seus pecados, nem mesmo eu teria tanta inspiração para praticar o mal.....vais tomar sobre ti todas estas ofenças, ofenças contra Deus! Veja quanta ingratidão, é por estes vermes que derramarás teu sangue?

JESUS: Meu Pai se é possível afasta de mim este cálice!

NARRADOR: A mágoa que vos dilacera vos faz mendigar a ajuda e conforto, mas o vosso amor por nós e o desejo de nos levar a Deus vos faz dizer:

JESUS: Todavia não se faça o que eu quero mais sim o que Tu queres.

 (JESUS VAI ATÉ OS DISCIPULOS, OLHA ELES DORMINDO E VOLTA PARA ORAR)
UM ANJO DO SENHOR LHE APARECE.

NARRADOR: Uma vez mais, encontra-os a dormir. Guarda para ele toda a amargura deste abandono. Mas Jesus, como é grande a dor no teu coração, transbordante de tristeza. Afastando-vos dos vossos discípulos, ferido, todo magoado. Seus gemidos eleva-se até ao trono do Pai, suplicando que tenha piedade de nós, que tenha piedade de tantas almas, mergulhadas no sono do pecado e da morte. A sua tristeza torna-se mais profunda
ANJO: Jesus os sofrimentos que ainda virão serão muitos, serás condenado injustamente, sofrerás na carne a dor pelo pecado da humanidade, serás humilhado e ultrajado. Mas o Pai é contigo! Veja a beleza do homem, a imagem e semelhança de Deus. O pecado de Adão não pode prevalecer, veja as consequências da concupiscência na alma humana. Somente Tu, com sua humanidade sem pecado, o Filho de Deus que se fez homem pode resgatar a humanidade. Tua satisfação e alegria serão infinitamente maiores que suas dores. Deverás tomar do cálice do sofrimento, pois, esta é a vontade de Teu Pai.  Contempla as almas benditas, os santos que tanto te amarão, veja, todos eles são frutos do seu amor.
QUANDO O ANJO DESAPARECE SATANÁS VOLTA A TENTÁ-LO.

SATANÁS: Pagarás com tanto sofrimento por um bando de vermes, que renegarão teu corpo e sangue, que mancharão tua casa, que serão infiéis e que nem mesmo reconhecerão teus sofrimentos!

JESUS: Basta! Afasta-te!                     JESUS VOLTA PARA SEUS DISCÍPULOS.

JESUS: Dormi agora e repousai! Chegou a hora: O Filho do homem vai ser entregue nas mãos dos pecadores.. Levantai-vos, vamos! Aquele que me trai está perto daqui.
JUDAS E OS SOLDADOS SE APROXIMAM.

JUDAS: Salve, Mestre.  (BEIJA A FACE DE JESUS)

JESUS: Judas, com um beijo trais o Filho do Homem!
OS SOLDADOS AVANÇAM EM DIREÇÃO A JESUS; PEDRO AVANÇA SOBRE UM DOS SOLDADOS E DECÉPA-LHE A ORELHA.

JESUS: Embainha a tua espada, porque todos aqueles que usarem a espada, pela espada morrerão.
Crês tu que não posso invocar meu Pai e ele não me enviaria imediatamente mais de doze legiões de anjos? Mas como se cumpriram então as Escrituras, segundo as quais é preciso que seja assim?
JESUS APROXIMA-SE DO SOLDADO E CURA SUA ORELHA, ENQUANTO OS OUTROS SEGURAM PEDRO. JESUS VOLTA-SE PARA OS SOLDADOS E FALA

JESUS: Saístes armados de espadas e cassetetes para prender-me, como se eu fosse um malfeitor. Entretanto, todos os dias estava eu sentado entre vós ensinando no templo e não me prendeste, mas esta é a vossa hora e do poder das trevas.
OS SOLDADOS SE MOVIMENTAM EM DIREÇÃO AOS DISCÍPULOS E ELES FOGEM.
             
NARRADOR: Conduziram Jesus á casa do sumo sacerdote, onde se reuniram todos os sacerdotes, escribas e anciãos. Pedro o foi seguindo de longe até dentro do pátio. Sentou-se junto do fogo com os servos e aquecia-se. Os sumo sacerdotes e todo o conselho buscavam algum testemunho contra Jesus para condená-lo a morte:

MULHER 01: Eu vi ele com as prostitutas

MULHER 02: Ele fez milagres sem a autorização dos sacerdotes

MULHER03: Eu vi ele condenando os ricos e os chamando de injustos

MULHER 04: Eu ouvi este homem falar que destruiria o templo e em três dias o reconstruiria

CAIFÁS: Nada tens a responder ao que essa gente depõe contra ti?
(PAUSA)JESUS PERMANECE CALADO

CAIFÁS: Por Deus vivo, conjuro-te que nos diga se és o Cristo, o Filho de Deus?

JESUS: SIM. Além disso eu vos declaro que vereis o Filho do homem sentar-se a direita do Todo Poderoso e voltar sobre as nuvens do céu.

CAIFÁS RASGA SUAS VESTES E EXCLAMA:
CAIFÁS: Que necessidade temos ainda de testemunhas? Acabastes de ouvir a blasfêmia! Qual o vosso parecer?

TODOS: Merece a morte!

CAIFÁS: Tirem este homem daqui levem-no a Pilatos.COMEÇAM A CUSPIR E AGREDIR JESUS

NARRADOR: Enquanto isso Pedro estava sentado no pátio.

CRIADA: Não és também tu discípulo deste homem?

PEDRO: Mulher, eu não o conheço. (Pedro afasta-se da mulher).

MULHER (aproxima-se de Pedro): tu és um dos discípulos deste homem, eu te vi com Ele.

PEDRO: Estas louca, eu  não o conheço.

HOMEM: Tu és um deles sim, tua fala é de um galileu!

PEDRO: Já disse que não o sou! O GALO CANTA.

 NARRADOR: Quando Caifás saiu, com todo o conselho do tribunal, deixando Jesus entregue aos soldados, lançou-se o bando de todos os malvados patifes aí presentes, como um enxame de vespas irritadas, sobre Nosso Senhor.  Já durante a audição os soldados e outros malvados arrancaram tufos inteiros do cabelo e da barba do Senhor. Alguns homens bons apanharam parte do cabelo do chão e afastaram-se furtivamente com ele; mas depois Ihes desapareceu. O bando vil dos soldados também já tinham cuspido em Jesus, durante o interrogatório que lhe tinham dado inúmeros murros, batido com paus que terminavam em bulbos munidos de pontas e picado com alfinetes; depois que descarregaram a raiva de um modo insensato sobre o pobre Jesus o encarceraram.
 CENA: ENCONTRO DE MARIA COM JESUS NO CARCERE (SENTEM A PRESENÇA UM DO OUTRO) JOÃO VEM E TIRA DE LÁ
JOÃO: Vamos mãe!

NARRADOR: Então é levado a Pilatos no dia seguinte.

Pilatos : O que vocês querem?
 CAIFÁS : Pegamos este homem fazendo subversão entre o nosso povo, dizendo e incitando o povo a não pagar impostos ao imperador. Ele também disse que é o Messias, um novo Rei.
  Pilatos : Você é o Rei dos Judeus?
  Jesus: Tu o dizes.
 Pilatos : Não vejo nenhum motivo para condenar este homem.
CAIFÁS: Ele está causando desordem entre o povo de toda a Judéia. Começou na Galiléia e agora chegou aqui.
  Pilatos : Se este homem é da Galiléia, Herodes deve julgá-lo. Soldados, levem-no até Herodes.
NARRADOR: Jesus é levado a Herodes. Herodes alegrou-se muito em ver Jesus, pois de longo tempo desejava vê-lo, por ter ouvido falar dele muitas coisas, e esperava presenciar algum milagre operado por ele. Dirigiu-lhes muitas perguntas, mas Jesus nada respondeu. Herodes com sua guarda tratou-o com desprezo, escarneceu dele mandou revesti-lo com uma túnica branca e reenviou-o a Pilatos.
PILATOS: Aproximem-se os líderes... Apresentastes este homem como agitador do povo, mas interrogando-o eu diante de vós não achei culpado de nenhum dos crimes e que acusais. Nem tão pouco Herodes, pois o absorveu. Portanto, ele nada fez que mereça a morte. Por isso, vou soltá-lo depois que o castigar.
 Grupo : Se soltas a este, não és amigo de César.
  Pilatos : Como é o costume do vosso povo, devo soltar um prisioneiro por ocasião da festa. Aqui tendes Jesus e Barrabás! A quem quereis que eu vos solte?
TODOS: Solta-nos Barrabás! (todos) Barrabás!...
  Pilatos : Mas Barrabás é um criminoso; um assassino. E este Jesus, nenhum mal fez! O que farei com ele?
  Grupo : Crucifica-o! Crucifica-o! Crucifica-o! Crucifica-o!
  Pilatos : Mas que crime fez ele? Não vejo nele nada que mereça a pena de morte! Vou mandar castigá-lo com chicotadas e depois o soltarei.
 Multidão : Nada disso! Crucifica-o! Crucifica-o! Crucifica-o! Crucifica-o!
 Pilatos : Soldados! Quero que soltem a Barrabás. Depois peguem a Jesus e o castiguem bastante; talvez assim o povo tenha pena dele e o deixe ir em paz.
NARRADOR: conduziram nosso pobre Salvador, para o fórum, até a coluna de flagelação, Os judeus supondo que Pilatos, depois de tal suplício, o poria em liberdade, como o havia abertamente declarado, corromperam os carrascos para que o flagelassem de tal modo que viesse a perder a vida no suplício.
SOLDADO 01: Salve o rei dos Judeus! Ora Ora Um Rei Sem Coroa Não É Rei. Que Tal Pegarmos Uma Coroa Para Homenagear O Grande Rei?
SOLDADO 02: Jesus De Nazaré! Rei Dos Judeus.. Aqui Está Sua Coroa!
SOLDADO 01: Não devemos esquecer do cetro e do manto.
SOLDADO 02: Olhe Aqui Seu Cetro E Seu Mando Oh! Grande Rei.
NARRADOR: Assim, os espinhos chegaram a penetrar até o cérebro, e tanto era o sangue que escorria das feridas, que ficaram repletos de sangue os olhos, a barba, os cabelos de Jesus. Ele sofria tudo sem abrir a boca: Eram os homens, que soltavam a fúria contra seu irmão, seu Redentor, seu Deus. Também por nossa causa Ele teve de sofrer. No dia do Juízo há de manifestar-se tudo. Então veremos que parte nos maus tratos do Filho de Deus tivemos, pelos nossos pecados, que continuamente cometemos e pelos quais consentimos e nos unimos às crueldades perpetradas por aquele bando de soldados diabólicos. Se importássemos, diríamos: "Senhor! Faze-me antes morrer do que vos ofender com meus pecados
Pilatos: Eis o homem!
Judeus: Crucifica-o!
Pilatos: Não é suficiente? Olhem para ele!
Multidão: crucificado! Crucifica-o!
PILATOS COCHICHA COM UM SOLDADO E ELE TRAZ UMA BACIA DE AGUA ELE LAVA AS MÃOS E DIZ:
PILATOS: Sou inocente do sangue deste homem. Isto é lá convosco!
NARRADOR: Não Pilatos, tu és responsável, pois O dizes Justo e Lhe derramas o sangue; és o juiz injusto, sem consciência. O mesmo sangue de que queria lavar as mãos e de que não podia lavar a alma.(PAUSA)Vendo que Jesus havia sido condenado, sentiu remorsos e veio devolver aos chefes dos sacerdotes e aos anciãos as trinta moedas de prata...
JUDAS: Toma seu dinheiro de volta e mande soltar Jesus.
ANÁS: Ah! Não podemos fazer nada por você! Agora retire-se daqui!
JUDAS: Ele é o prometido. Pequei entregando a morte um sangue inocente!
ANÁS: O que temos a ver com isso? O problema é seu! Como eu já disse, retire-se daqui!
NARRADOR: O arrependimento tardio, a angústia e o desespero começaram a lutar na alma de Judas e ele corre até o deserto.
SANTANÁS: Agora O conduzem à morte vendeste-O; sabes o que está escrito na lei? Quem vender uma alma entre seus irmãos, os filhos de Israel, morrerá. Acaba com isto, miserável, acaba com isto!
NARRADOR: A Bendita e Santa Paixão de Jesus Cristo nos ensina a carregar a cruz sem reclamar, porque ele nos deu esse grande exemplo.Levou os nossos pecados em seu corpo sobre o madeiro.Jesus saiu, carregando a sua cruz
(SOM DE TROMBETA ANUNCIANDO PROCISSÃO)
JESUS CAI PELA PRIMEIRA VEZ
NARRADOR: A Mãe, na veemência da dor, não via mais nem soldados nem carrascos, via só o Filho querido em estado tão lastimoso e tão maltratado. Jesus encontra sua mãe. Seu Corpo estava coberto de chagas que sangravam. Da cabeça, furada pelos espinhos da ignóbil coroa desciam veios de sangue pelo rosto, cobrindo os olhos e turvando a visão. Ao erguer a face, depara com o olhar triste e amargurado de Maria, Sua MÃE, impressionada com a intensidade da maldade do mundo. Ao presenciar todo aquele sofrimento, aquela terrível e brutal tortura que seu querido Filho enfrentava, sentiu uma pungente dor transpassar o seu coração.
                                 MARIA: Meu filho!                   JESUS: Minha Mãe!
OS SOLDADOS FICAM FURIOISOS E JOÃO RETIRA MARIA
SOLDADO: Este criminoso já não consegue transportar a sua cruz sozinho, vais ajudá-lo, rápido!
NARRADOR: No caminho da cruz, desfigurado pela fealdade dos nossos pecados, nem sequer tinhas o aspecto de homem. Foi, então, que ela pôs em Ti os olhos do coração; foi ela, a piedosa Verônica, que Te enxugou a face ensanguentada; e Tu presenteaste-a, deixando-a no véu, cheia de fascinação e de inefável mistério.
SOLDADO: Saia já daqui mulher! Saia!
JESUS CAI PELA SEGUNDA VEZ
JESUS VOLTA PARA AS MULHERES QUE CHORAM E LAMENTAM E DIZ:
JESUS: Filhas de Jerusalém, não choreis sobre mim, mais chorai sobre vós mesmas e sobre vossos filhos.
JESUS CAI PELA TERCEIRA VEZ
NARRADOR : Senhor Jesus, no estrondo da terceira queda reconhecemos a miséria das nossas presunções. Tu queres ensinar-nos a esperar a salvação somente em Deus nosso Pai. O Teu silêncio de humildade e o Teu manso padecer fazem-nos perceber o segredo da força interior que impele para a frente no Teu caminho de obediência filial.
JESUS CHEGA AO CALVÁRIO E É DESPOJADO DE SUAS VESTES
 SOLDADO: Não a rasguemos, mas deitemos sorte sobre ela para ver de quem será.
NARRADOR: Assim se cumpria a Escritura: Repartiram entre si as minhas vestes e deitaram sorte sobre a minha túnica . Entraste no mundo despojando-Te da Tua glória de Filho de Deus, para nascer filho do homem. O Teu corpo, que tomou forma igual à nossa no seio imaculado da Virgem, é desnudado e feito objeto de irreverência e de vulgaridade. Carregando sobre Ti a nossa vergonha, Tu nos revestes da Tua santidade. A Tua túnica, de uma só peça, é a veste nupcial que dás à Tua queridíssima Igreja.
JESUS É PREGADO NA CRUZ
JESUS: Pai, perdoa-lhes, porque não sabem o que fazem.
SACERDOTE: Salvou a outros que se salve a si próprio, se é o Cristo, o escolhido de Deus!
Homem: Se é rei dos judeus, salva-te a ti mesmo.
Mulher: Tu que destróis o templo e o reconstrói em três dias, salva-te a ti mesmo!
LADRÃO MAL: Se és o Cristo, salva-te a ti mesmo e salva-nos a nós!
LADRÃO BOM: Nem sequer temes a Deus, tu que sofres no mesmo suplicio? Para nós isto é justo: recebemos o que mereceram os nossos crimes, mas este não fez mal algum. Jesus, lembra-te de mim quando  tiveres entrado no teu reino
JESUS: Em verdade te digo: hoje mesmo estarás comigo no paraíso.
NARRADOR: A Santíssima Virgem, em seu amor de mãe, suplicava interiormente a Jesus que a deixasse morrer com Ele.Então olhou o Senhor com inefável ternura para a Mãe querida e, volvendo os olhos para João, disse a Maria:
JESUS: Mulher eis ai teu filho. Eis ai tua mãe
NARRADOR: Percebia-se que Jesus, naquele momento, dava com aquelas palavras uma mãe, Maria, a todos que, como João, O recebem e, crendo Nele, se tornam filhos de Deus, que não foram nascidos do sangue, nem da vontade da carne, nem da vontade do homem, mas do próprio Deus. Sentia-se que a mais pura, a mais humilde, a mais obediente de todas as mulheres, que se tomara a Mãe do Verbo feito carne, respondendo ao Anjo: "Eis aqui a serva do Senhor, faça-se em mim segundo a vossa palavra!", agora, ouvindo do Filho moribundo que se devia tornar Mãe espiritual de outro filho, dizia, obediente e humilde, as mesmas palavras, no íntimo do coração, dilacerado das dores da separação: "Eis aqui a serva do Senhor, faça-se em mim segundo a vossa palavra", aceitando assim por filhos todos os filhos de Deus, todos os irmãos de Jesus.
JESUS: Meu Deus Meu Deus porque me abandonaste?
JESUS: Tenho sede! (CENTURIÃO PEGA A ESPONJA E MOLHA A BOCA DE JESUS)
Homem: Deixa vamos ver se Elias virá socorrê-lo
JESUS: Pai, nas tuas mãos entrego o meu espírito.
O SOLDADO TRANSPASSA O LADO DIREITO DE JESUS COM A ESPADA. FAZ UM SINAL AFIRMATIVO COM A CABEÇA
 CENTURIÃO: Verdadeiramente este homem era Filho de Deus!
DESCEM JESUS DA CRUZ E COLOCA NO COLO DA SANTISSIMA VIRGEM E COMEÇA MUSICA EXPRESSO HG

Gestos e posições do povo na Missa



Fonte: www.adoremus.org
Tradução: Lucas Cardoso da Silveira Santos

Ritos Iniciais

Fazer o sinal da Cruz com água benta (sinal do batismo) ao entrar na igreja.

Fazer genuflexão ao sacrário contendo o Santíssimo Sacramento, e ao altar do Sacrifício, antes de se dirigir ao banco. (Se não houver sacrário no presbitério, ou se este não for visível, fazer inclinação profunda ao altar antes de se dirigir ao banco.)

Ajoelhar-se ao chegar no banco para oração privada antes do início da Missa.

Ficar de pé para a procissão de entrada.

Fazer inclinação de cabeça quando o crucifixo, sinal visível do sacrifício de Cristo, passar em procissão. (Se houver um bispo, fazer inclinação quando ele passar, como sinal de reconhecimento da sua autoridade da Igreja e de Cristo como pastor do seu rebanho.)

Permanecer de pé para os ritos iniciais. Fazer o sinal da Cruz junto com o sacerdote no começo da Missa.

Bater no peito ao “mea culpa(s)” (“por minha culpa, minha tão grande culpa”) no Confiteor.

Fazer inclinação de cabeça e o sinal da Cruz quando o sacerdote disser “Deus todo-poderoso tenha compaixão de nós...”

Fazer inclinação de cabeça ao dizer o “Senhor, tende piedade de nós” no Kyrie.

Se houver o Rito da Aspersão (Asperges), fazer o sinal da Cruz quando o padre aspergir água em sua direção.

Durante a Missa, fazer inclinação de cabeça a cada menção do nome de Jesus e a cada vez que a Doxologia [“Glória ao Pai...”] for rezada ou cantada. Também quando pedir que o Senhor receba a nossa oração. (“Senhor, escutai a nossa prece” etc, e ao fim das orações presidenciais: “Por Cristo nosso Senhor” etc.)

Gloria: fazer inclinação de cabeça ao nome de Jesus. (“Senhor Jesus Cristo, Filho Unigênito...”, “Só vós o Altíssimo, Jesus Cristo...”)

Liturgia da Palavra 

Sentar-se para as leituras da Sagrada Escritura.

Ficar de pé para o Evangelho ao verso do Alleluia.

Quando o ministro anunciar o Evangelho, traçar o sinal da Cruz com o polegar na cabeça, nos lábios e no coração. Esse gesto é uma forma de oração para pedir a presença da Palavra de Deus na mente, nos lábios e no coração.

Sentar-se para a homilia.

Credo: De pé; fazer inclinação ao nome de Jesus; na maioria dos Domingos durante o Incarnatus (“e se encarnou pelo Espírito Santo... e se fez homem”); nas solenidades do Natal e da Anunciação todos se ajoelham a essas palavras.

Fazer o sinal da Cruz na conclusão do Credo, às palavras: “..e espero a ressurreição dos mortos e a vida do mundo que há de vir. Amém.”

Liturgia Eucarística

Sentar-se durante o ofertório.

Ficar de pé quando o sacerdote disser “Orai, irmãos e irmãs...” e permanecer de pé para responder “Receba o Senhor este sacrifício...”

Se for usado incenso, o povo se levanta e faz inclinação de cabeça ao turiferário quando ele fizer o mesmo, tanto antes como depois da incensação do povo.

Permanecer de pé até o final do Sanctus (Santo, Santo, Santo...”), quando se ajoelha durante toda a Oração Eucarística.

No momento da Consagração de cada espécie, inclinar a cabeça e pronunciar silenciosamente “Meu Senhor e meu Deus”, reconhecendo a presença de Cristo no altar. Estas são as palavras de São Tomé quando ele reconheceu verdadeiramente a Cristo quando Este apareceu diante dele (Jo 20,28). Jesus disse: “Acreditaste porque me viste. Felizes os que acreditaram sem ter visto” (Jo 20,29).

Ficar de pé ao convite do sacerdote para a Oração do Senhor.

Com reverência, unir as mãos e inclinar a cabeça durante a Oração do Senhor.

Manter-se de pé para o sinal da paz, após o convite. (O sinal da paz pode ser um aperto de mãos ou uma inclinação de cabeça à pessoa mais próxima, acompanhada das palavras “A paz esteja contigo”.)

Na recitação (ou canto) do Agnus Dei (“Cordeiro de Deus...”), bater no peito às palavras “Tende pedade de nós”.

Ajoelhar-se ao fim do Agnus Dei (“Cordeiro de Deus...”).

Fazer inclinação de cabeça e bater no peito ao dizer: “Domine, non sum dignus... (“Senhor, eu não sou digno...”).

Recepção da Comunhão 

Deixar o banco (sem genuflexão) e caminhar com reverência até o altar, com as mãos unidas em oração.

Fazer um gesto de reverência ao se aproximar do ministro em procissão para receber a Comunhão. Se ela for recebida de joelhos, não se faz nenhum gesto adicional antes de recebê-la.

Pode-se receber a Hóstia tanto na língua como na mão.

Para o primeiro caso, abrir a boca e estender a língua, de modo que o ministro possa depositar a Hóstia de forma apropriada. Para o outro caso, posicionar uma mão sobre a outra, de palmas abertas, para receber a Hóstia. Com a mão de baixo, tomar a Hóstia e com reverência depositá-la na sua boca. (Ver as diretrizes da Santa Sé de 1985).

Quando carregando uma criança, é muito mais apropriado receber a Comunhão na língua.

Se comungar também do cálice, fazer o mesmo gesto de reverência ao se aproximar do ministro.

Fazer o sinal da Cruz após ter recebido a Comunhão.

Ajoelhar-se em oração ao retornar para o banco depois da Comunhão, até o sacerdote se sentar, ou até que ele diga “Oremos”.

Ritos Finais
Ficar de pé para os ritos finais.

Fazer o sinal da Cruz durante a bênção final, quando o sacerdote invocar a Trindade.

Permanecer de pé até que todos os ministros tenham saído em procissão. (Se houver procissão recessional, fazer inclinação ao crucifixo quando ele passar.)

Se houver um hino durante o recessional, permanecer de pé até o final da execução. Se não houver hino, permanecer de pé até que todos os ministros tenham se retirado da parte principal da igreja.

Depois da conclusão da Missa, pode-se ajoelhar para uma oração privada de ação de graças.

Fazer genuflexão ao Santíssimo Sacramento e ao Altar do Sacrifício ao sair do banco, e deixar a (parte principal da) igreja em silêncio.

Fazer o sinal da Cruz com água benta ao sair da igreja, como recordação batismal de anunciar o Evangelho de Cristo a toda criatura.

O que pode o que não pode se fazer em termos de liturgia



"Os abusos, sem dúvida, «contribuem para obscurecer a reta fé e a doutrina católica sobre este admirável Sacramento». Desta forma, também se impede que possam «os fiéis reviver de algum modo a experiência dos discípulos de Emaús: Então se lhes abriram os olhos e o reconheceram»... Não é estranho que os abusos tenham sua origem em um falso conceito de liberdade. Posto que Deus nos tem concedido, em Cristo, não uma falsa liberdade para fazer o que queremos, mas sim a liberdade para que possamos realizar o que é digno e justo. Isto é válido não só para os preceitos que provêm diretamente de Deus, mas sim também, de acordo com a valorização conveniente de cada norma, para as leis promulgadas pela Igreja. Por isso, todos devem se ajustar às disposições estabelecidas pela legítima autoridade eclesiástica" (Redemptionis Sacramentum).

Abusos litúrgicos: o que são e o que se deve fazer para combatê-los


O abuso litúrgico é antes de tudo uma falsificação da liturgia católica, no dizer da Instrução Redemptionis Sacramentum. Todo católico tem o direito de ver celebrada a sagrada liturgia sem improvisações, sem experimentação, de acordo com as normas estabelecidas pela Santa Sé. Esse direito reclama dos presbíteros e também dos demais fiéis o dever de observar fielmente as regras litúrgicas. Todo católico deve, portanto, instruir-se a respeito do assunto e lutar, com maturidade e serenidade, para que os Santos Mistérios sejam celebrados segundo a liturgia determinada pela Igreja.

Selecionamos, a seguir, alguns equívocos infelizmente freqüentes, em termos de liturgia. Lembramos, mais uma vez, que a leitura da Instrução Redemptionis Sacramentum é importantíssima. Também recomendamos a leitura da Instrução Geral do Missal Romano, nos tópicos de interesse.

Por fim, um convite à prudência. A premissa com que se deve trabalhar é: sem caridade, melhor não agir. O dano de uma correção feita sem caridade pode ser maior que o próprio abuso. O fiel deve, portanto, apoiar-se, primeiro, na caridade, segundo, na caridade, terceiro, na caridade, ao tomar a iniciativa de apontar um abuso litúrgico. A título de sugestão, recomendaríamos o engajamento nas equipes pastorais responsáveis pelo auxílio à liturgia, como forma de melhor educar a comunidade. Se o equívoco for feito pelo próprio sacerdote, deve-se conversar diretamente com ele, sem antecipar o assunto com outros fiéis, o que seria um desrespeito ao ministro de Deus. É claro que nos casos mais graves (vide "Graviora delicta" na Redemptionis Sacramentum), o assunto poderá exigir uma comunicação ao bispo.

Um erro freqüente: rezar orações próprias do sacerdote


Os fervorosos fiéis da figura à esquerda estão cometendo um dos equívocos mais comuns em termos de liturgia. Há orações que são próprias e exclusivasdo sacerdote. No caso específico, rezam o "Por Cristo, com Cristo, em Cristo...", a doxologia com que o sacerdote encerra a anáfora (a parte central da missa). Só o padre pode pronunciá-la. Mesmo que o celebrante convide ("todos juntos!", etc.) os fiéis deverão ficar em silêncio e responder, ao final, o solene "amém" (cf. IGMR 151).

Os leigos também não devem rezar a oração da paz ("Senhor Jesus Cristo, dissestes aos vossos apóstolos: Eu vos deixo a paz, Eu vos dou a minha paz..."). Só o sacerdote pronuncia essa oração.

Há que se distinguir os papéis do sacerdote e do leigo na missa: "Deve-se evitar o perigo de obscurecer a complementaridade entre a ação dos clérigos e dos leigos, para que as tarefas dos leigos não sofram uma espécie de «clericalização», como se fala, enquanto os ministros sagrados assumem indevidamente o que é próprio da vida e das ações dos fiéis leigos" (Redemptionis Sacramentum).

Comportamento inconveniente dos fiéis


Conversas, barulho, alvoroço, danças... nada disso combina com a missa. Certamente haverá locais e circunstâncias propícias para extravasar a alegria de ser cristão. Na missa, vale a "regra de ouro": o que não caberia fazer no Calvário, não cabe fazer na missa.

Estamos diante do sacrifício do Filho de Deus! No altar, Jesus oferece-se ao Pai como vítima, por nossos pecados. Portanto, conversar com o vizinho, atender chamadas de celulares, bater palmas ou fazer coreografias, danças, etc., nada disso é próprio na missa.

Abusos cometidos pelo celebrante


A imagem ao lado, colhida na Internet, teria sido flagrada na Jornada Mundial da Juventude, em Toronto/2002. Se a cena é verdadeira, tudo está errado: o sacerdote não veste os paramentos como estabelecido (a casula, pelo menos, não está presente); o chapéu; os óculos escuros; o altar improvisado (um caixote!); nada, enfim, que lembre -- nem de longe -- a dignidade e a santidade do mistério que se celebra!

"Grande é o ministério «que na celebração eucarística têm principalmente os sacerdotes, a quem compete presidir in persona Christi (na pessoa do Cristo), dando um testemunho e um serviço de Comunhão, não só à comunidade que participa diretamente na celebração, mas sim também à Igreja universal, à qual a Eucaristia fez sempre referência. Infelizmente, ou lamentavelmente, sobretudo a partir dos anos da reforma litúrgica depois do Concílio Vaticano II, por um mal-entendido no sentido de criatividade e de adaptação, não se têm faltado os abusos, dos quais muitos têm sido causa de mal-estar» (R.S., 30).

Com efeito, ao lado dos benefícios advindos da reforma litúrgica, convivemos com um certo "protagonismo" no papel do ministro. O próprio sacerdote se sente de certo modo pressionado a corresponder a essa expectativa dos fiéis, de terem "algo sempre novo" nas missas dominicais. Daí surgem as experimentações, os abusos, as improvisações, uma verdadeira babel litúrgica. Mais uma vez lembrando: a missa não é lugar para tais experimentos. São abusos litúrgicos, por exemplo:

modificar os textos litúrgicos - "Cesse a prática reprovável de que sacerdotes, ou diáconos, ou mesmo os fiéis leigos, modificam e variam, a seu próprio arbítrio, aqui ou ali, os textos da sagrada Liturgia que eles pronunciam. Quando fazem isto, trazem instabilidade à celebração da sagrada Liturgia e não raramente adulteram o sentido autêntico da Liturgia" (R.S., 59);

pedir que os fiéis acompanhem o sacerdote na Oração Eucarística - "A proclamação da Oração Eucarística, que por sua natureza, é pois o cume de toda a celebração, é própria e exclusiva do sacerdote, em virtude de sua mesma ordenação. Portanto, é um abuso fazer que algumas partes da Oração Eucarística sejam pronunciadas pelo diácono, por um ministro leigo, ou ainda por um só ou por todos os fiéis juntos. A Oração Eucarística, portanto, deve ser pronunciada em sua totalidade, tão somente pelo Sacerdote" (R.S., 52);

interromper o rito da missa para intercalar orações não previstas - agregar orações de cura ou de libertação àquelas previstas no missal, súplicas livres depois da consagração etc.;

confiar a homilia a leigos - a homilia poderá ser suprimida nas missas durante a semana, mas é de rigor nas dominicais e "será feita, normalmente, pelo mesmo sacerdote celebrante, ou este a delegará a um outro, concelebrante, ou às vezes, de acordo com as circunstâncias, também ao diácono, mas nunca a um leigo" (R.S., 64). Também são práticas abusivas trocar a homilia por apresentações teatrais, testemunhos de particulares, etc.;

aproveitar a homilia para falar de temas que não guardam relação com as leituras - "Ao fazer a homilia, procure-se iluminar, em Cristo, os acontecimentos da vida. Faça-se isto, sem dúvida, de tal modo que não se esvazie o sentido autêntico e genuíno da palavra de Deus, por exemplo, tratando só de política ou de temas profanos, ou tomando como fonte idéias que provêm de movimentos pseudo-religiosos de nossa época" (R.S., 67);
A relação acima é apenas exemplificativa, não exaustiva. Há que se ter em mente que "a ordenação da sagrada Liturgia é da competência exclusiva da autoridade eclesiástica; esta reside na Sé apostólica e, na medida que determine a lei, no Bispo" (R.S., 14). Ninguém tem o direito de "mexer" na liturgia, mesmo que movido pelas melhores intenções. Mais uma vez recomendamos uma leitura da Instrução Redemptionis Sacramentum, de onde retiramos os excertos indicados acima.

"Ministros da Eucaristia"




O ministro da Eucaristia é o sacerdote. A Igreja recomenda não mais chamar os leigos que auxiliam o sacerdote na distribuição da comunhão de "ministros da Eucaristia", "ministros extraordinários da Eucaristia", "ministros especiais da Eucaristia" ou "ministros especiais da sagrada comunhão". O nome recomendado é "ministros extraordinários da sagrada comunhão".

As imagens ao lado (colhidas na Internet) são um exemplo cabal do quenão deve ser feito.

O templo é pequeno, ou seja, a quantidade de fiéis deve ser também pequena. Logo, os ministros extraordinários seriam desnecessários. Na verdade, só se admite sua presença quando o número de comungantes for tão grande que a distribuição da comunhão retardaria a missa além do que seria razoável. Sem essa condição, basta o acólito, para auxiliar o sacerdote na distribuição da comunhão.

Nas imagens também vemos o sacerdote entregar frações do pão eucarístico a leigos, o que é expressamente vedado pelas normas litúrgicas (vide R.S., 73). A fração do pão, iniciada depois de dar a paz e enquanto se reza o "Cordeiro de Deus" é realizada somente pelo sacerdote, ajudado, se for o caso, pelo diácono ou outro sacerdote concelebrante.
Tenha-se sempre em mente, portanto, que os leigos só podem participar da distribuição da comunhão aos fiéis extraordinariamente, nas condições acima indicadas. Não há, por conseguinte, um "cargo" de ministro extraordinário, em que pese exigir-se dos leigos que prestem esse serviço uma conduta que não venha a causar escândalos.

Os ministros extraordinários da sagrada comunhão, devem se apresentar ao sacerdote após ele ter comungado, recebem a comunhão do sacerdote e a âmbula, para distribuir a comunhão aos fiéis nos locais indicados pelo celebrante. Que se utilizem patenas, para evitar a perda de partículas ou partes delas. É abusiva a prática de improvisar frases na distribuição da comunhão. Diz-se "O Corpo de Cristo" e o fiel responde "Amém", comungando na presença do ministro (ordinário ou extraordinário). Terminada a distribuição, as âmbulas são devolvidas ao sacerdote.

Obviamente, que os leigos encarregados desse serviço devem vestir-se com o máximo decoro. O padrão de conduta deve ser a discrição; nada de gestual exagerado ou qualquer outro protagonismo.

A distribuição da comunhão


Pode-se comungar de joelhos ou de pé. Quando se comunga de pé, recomenda-se fazer, antes de receber o Sacramento, a devida reverência (R.S., 90). Além disso, o fiel tem sempre o direito a escolher se deseja receber a sagrada Comunhão na boca ou se quer receber na mão o Sacramento. A forma tradicional de se comungar é diretamente na boca. Se prefere receber na mão, deve apresentar-se com as mãos abertas, sobrepostas, receptivas a receber a sagrada comunhão. Não é correto "pegar" a partícula como se fosse um objeto comum. Recebida a comunhão, o comungante deve consumi-la imediatamente, diante do ministro.
Mais ainda: "Não está permitido que os fiéis tomem a hóstia consagrada nem o cálice sagrado por si mesmos, nem muito menos que se passem entre si de mão em mão" (R.S., 94). A imagem acima mostra justamente um flagrante de desrespeito a essa norma. Não se deve permitir que a distribuição da comunhão seja do tipo self service, de modo que cada um tome a hóstia com as próprias mãos na âmbula e ministre a si mesmo a comunhão. Em se distribuindo a comunhão sob as duas espécies, a comunhão será obrigatoriamente dada diretamente na boca do comungante.
fonte: www.ahoradamissa.com